terça-feira, 6 de julho de 2004

Várias coisas

Eu vinha planejando fazer um post sobre o texto do Golho lá no Ilha Brasil, mas aconteceram algumas coisas e já nem sei sobre o que escrever. Acho que vou acabar escrevendo sobre tudo.

Concordo com o texto dele. O futebol brasileiro está se afundando numa parte, mas a outra cresce. Os grandes clubes, cada vez mais, começam a sofrer mais com os anos de amadorismo, roubalheiras e etc, e alguns ainda assim insistem em manter suas gestões da mesma maneira, haja visto o déficit em que estão os dois clubes de maior torcida no país (Corinthians e Flamengo). Os clubes pequenos começam a se sobressair graças ao planejamento, ao dar passos de acordo com as pernas, ao se ter uma estrutura enxuta, somente com o necessário à gestão de um time de futebol.

Acho que essa queda dos grandes vai ser de grande ajuda ao futebol nacional, que é pródigo em revelar craques graças às saídas de jogadores, para fazer os dirigentes perceberem que precisam mudar. O primeiro passo foi dado com a lei Pelé, tornando a relação jogador X clube mais profissional. O segundo foram os pontos corridos, mostrando a necessidade do planejamento. Agora os clubes precisam se ajustar. E os jogadores também precisam parar com isso de querer ir jogar em qualquer lugar só pra ganhar 2 mil reais a mais. Porque jogador que vai pra Bulgária, Rússia, não vai ganhar muito mais do que ganha aqui.

Falando em futebol, fui ver o filme do Pelé. Achei o filme um lixo, fala demais em alguns pontos, pouco em outros, precisava mostrar mais extensivamente o jogo do Rei, não somente gols. Mas vale cada segundo. Cada matada no peito, em que a bola parece cair no conforto de um travesseiro, cada cabeçada certeira, que somente Gordon Banks em 70 conseguiu segurar e cada chute possante, com endereço certo: o gol. Qualquer coisa que foi dita no filme poderia ter sido substituída somente pelos depoimentos de jogadores, que visivelmente idolatravam Pelé (com razão), ou então somente pelo silêncio, e pela palavra que resume tudo: Pelé.

E hoje tive a última reunião com o RH. Aqui, a cada três meses temos reunião de avaliação. Como é a do meio do ano, vai ter depois uma avaliação com o grupo de estagiários, que cai no meu último dia de contrato. Foi bem estranho, afinal de contas meu chefe não participou (de novo), apenas o meu monitor e é estranho pensar em trabalho com data pra terminar, principalmente 1 ano e meio depois. O mais engraçado é que estou totalmente preparado para não ficar. Sei lá, é estranho.

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